Tá vendo aquelas pegadas de barro no tapete vermelho?São minhas....
Quando penso no processo de seleção para o mestrado, na faculdade, em todos os espaços que estive que não eram pra mim é assim que sinto. A PUC é um espaço que não é para nós. A academia é um espaço que não é para nós. Parece que as marcas de barro sempre nos acompanham, estejamos onde estiver. A diferença é que na periferia, o barro faz parte da urbanística, na PUC não. Oh yeah baby... luta de classe elevada ao cubo. Não sou a primeira mulher negra periférica a entrar num mestrado na PUC, isso não. No próprio curso que vou fazer existem outras mulheres e homens negros. Agora a questão é em relação ao numero de habitantes negros no Brasil, quantos chegam a esse nível acadêmico? Essa é uma pergunta que fica facinho de responder, depois de uma vaquinha inacreditável para pagar a matricula do mestrado, acho que fica fácil de supor a nossa dificuldade. Numa perspectiva cultural, acho mais fácil a PUC limpar minhas marcas de barro do chão e até de mim, e me ensinar a usar saquinho no pé p