Postagens

Eu acho que ser mulher...

Imagem
Vi essa foto no Facebook. Fico pensando quem escreve uma idiotice dessa. E o pior, em mulher que compartilha e tem mulher que curte,e ainda posta comentário escrito: somos foda!. É uma tentativa de valorizar aquilo que nossa sociedade determina como  os traços da personalidade feminina? Por que se for isso, temos sérios problemas nessas frases.  Ou será essa foto uma tentativa de nos ridicularizar, oprimir e inferiorizar mais? Será que todas as mulheres são fofas (carinhosas), complexas (complicadas), malucas (mentalmente incapaz), obsessiva ( é, tipo uma patologia psicológica), sentimos frio (isso ficou confuso,porque acho que todo ser vivo percebe as mudanças climáticas, ou não?), viramos onça (ou seja, nunca podemos ser racionais, porque quando deixamos de ser maluca, complexa, confusa, nos portamos como um animal irracional), mas na verdade somos seres movidos por hormônios e emoções ( logo, não temos nenhuma chance de sermos racionais, e se não somos racionais somos obj

Amélia que era mulher de verdade!

Imagem
Adoro o Facebook! Rola cada preciosidade por lá, uma delicia!!! Antes de ler este post, sugiro a você car@ leitor/a que veja o vídeo antes (caso você não tenha visto). Você só contextualizará nossa discussão de hoje depois de assisti-lo. Para quem já teve o enorme prazer em vê-lo no Facebook, podemos começar. A muito tempo, venho abordando em algumas postagens aqui no blog, o fato de que a mulher é ensinada o tempo todo e por tudo a ser submissa, e que no fundo da alma deles, os homens gostam mesmo é de mulher submissa. Para que fique bem clara minha argumentação, vou usar três exemplos do cotidiano, para explicar o quanto as abobrinhas que as religiosas do vídeo ai em cima dizem não é tão incomum no mundão fora da igreja e dos templos, e que inclusive, muitas de nós multiplicamos em nosso cotidiano a máxima da submissão, quer consciente ou inconsciente. Eu como feminista, marxista e revolucionária que sou, fiquei estarrecida logo de cara quando elas dizem: elas tem carre

Chorei até ficar cansada....

Imagem
Há um conceito sobre normalidade. Em estatística, esse conceito é estipulado pela média do comportamento das pessoas, que acaba virando um padrão. O problema, é que no capitalismo, os padrões são criações pautadas na necessidade do lucro: aquilo que gera lucro é tido como normal. Embora, cada vez menos, existam pessoas que estejam dentro desse "normal". Confesso que passo muito longe dele, embora, todos os dias, tome minha dose de normalidade. Mas sofro, porque volta e meia me pegando imaginando como deve ser feliz a vida de quem é normal. Você sabe, as pessoas normais ué, todas aquelas que são como a Bailarina do Chico Buarque. Todas as pessoas do mundo, ou a sua grandíssima maioria, são perfeitas como a Bailarina. No fundo tenho inveja de quem é assim Bailarina: gente que não sente ciúmes, que não tem medo, que não sente dor, que não fica doente, que não desiste, que nunca erra, que sempre tem auto estima, que tá sempre belo, que tá sempre magro, que é sempre c

Que a Tigresa possa mais que o Leão!

Imagem
Estava terminado um texto do mestrado, e ouvindo essa música do Caetano ( TIGRESA ), e fiquei pensando quando existirá um mundo, onde ser mulher não será uma maldição? Tenho trabalhado em um artigo sobre a educação sexual dos jovens, onde discuto, que essa formação é originada nos filmes pornográficos.  Há uma lacuna na sociedade sobre quem deve educar as novas gerações em relação a sua sexualidade: desde o próprio sexo em si até o uso ou valor social do sexo, e claro, sobre machismo e homofobia. Como nem a escola e nem a família assume para si essa tarefa digna, e, a religião mistifica e oprimi,quem faz as vezes de construir tais conceitos e possibilitar as experiências para os jovens acaba sendo a industria cultural (rádio, tv, filme,revistas e agora a internet como um todo). O problema, é que o conceito de sexualidade da indústria cultural é um conceito violento: o sexo como instrumento de dominação do forte (homem branco - raras vezes o não branco ) sobre o fraco (homo

Espelho, espelho meu...

Imagem
Sempre que eu ando de trem, gosto de observar as pessoas. Desde que escrevi o Post "No Brasil a pobreza tem cor, sexo e idade!"  , fiquei pensando sobre a estética.  No livro  " A situação da classe operária na Inglaterra" do Engels, ele descreve como vivem os operários nos bairros pobres da Inglaterra, em um capítulo ele descreve os operários fisicamente e dá detalhes dos malefícios do trabalho escaldante (jornadas de 16 horas diárias para os adultos e de 12 horas para as crianças) na constituição física e na aparência dos trabalhadores, sobretudo das mulheres. Hoje no trem, fiquei imaginando o que Engels escreveria sobre a aparência das mulheres trabalhadoras (pq afinal, elas trabalham em média 18 horas por dia, entre o trabalho assalariado,o trabalho domestico,a maternidade e o transporte coletivo). Veja, o ideal de beleza ensinado a muito tempo para meninos e meninas, desde os contos de fada, é ser branca, com cabelo liso, se possível de olho claro,

Filme Indicação: J. Edgar (2012)

Imagem
Não sou uma especialista de cinema (na verdade male mal sou especialista em alguma coisa, talvez em vagabundice). Mas, mesmo assim, gosto muito de cinema, e escolho filmes para assistir como quem escolhe a melhor comida pra ser devorada.  Este filme do Di Caprio é muito bom. Uma das melhores atuações dele que já assisti. A dobradinha Clint Eastwood e Di Caprio ficou muito boa. De fato,o que me chamou a atenção no filme (além das ótimas cenas, envolvente história e excelente atuação), é o conflito secundário (ou não), que envolve o J. Edgar (protagonizado pelo Di Caprio). Antes deixa eu explicar a história do filme: esse cara o J. Edgar foi o criador do FBI, isso, nos anos 10 do século passado. O filme inicia com os ataques dos anarquistas italianos a alguns políticos norte americanos (a mesma situação do filme Saco e Vanzzeti), a ameaça revolucionária era tão grande ao EUA naquele período, que eles criam uma divisão secreta para combater tais ameaças; e é ai que surge a fig

No Brasil a pobreza tem cor, sexo e idade!

Imagem
Essa foto é muito emblemática! Proponho aqui, o exercício de analisarmos esta imagem e compreender os significados implicitosna mesma. Uma mulher negra, esteticamente feia (sim, é tão engraçado porque até nós negros, a achamos feia) com elementos esterotipados sobre a mulher pobre: desdentada, que tenta manter os cabelos penteados, exageradamente enfeitada (seja na maquiagem, nos acessórios ou na roupa muito florida). Atrás dela, uma mulher feia também, mas, politicamente emancipada (afinal ela representa a mulher que é presidenta da república). E em volta das duas, mulheres brancas e esteticamentes agradáveis e muito suculentas para os machos espectadores. Podemos dizer que é uma imagem machista e racista? Machista com a mais absoluta certeza, agora racista... temos que considerar algumas questões primeiro. Nas minhas andanças academicas pesquisando sobre a juventude brasileira, pude identificar algumas coisas; a primeira delas é o que perfil da juventude pobre brasileira s