Postagens

Eu, tu, eles...

Imagem
Esse feriado, foi marcado por duas coisas dignas de nota: o aniversário da "bela" São Paulo e o incêndio na boite em Santa Maria - RS. Antes do feriado, teve uma audiência pública aqui na quebrada, que teve a presença do traidor Netinho de Paula (já já explico o porque de traidor). Sexta foi um dia de debate no facebook, sobre o por que não amamos SP (havia eu e mais um pequeno grupo de realistas sobre o que é a selva de pedras) e domingo foi outro embate sobre o que qualificamos como tragédia. No dia 25 de Janeiro, a trilha sonora foi Um homem na estrada também do Racionais, uma música do vermelho anos 90, como diria o Edy Rock, fazer o que 500 anos de Brasil e o Brasil nada mudou. No domingo da tragedia,  a  gente aqui dessa cidade em guerra foi de Negro Drama. Oh sim, morreram 245 jovens com futuros brilhantes por causa da ganancia dos capitalistas. Mas, nesses 512 anos de Brasil quantos jovens com futuro brilhantes foram mortos nessa guerra particular? 245?

Se ela fizesse ...

Imagem
Essa história não é real, no Brasil aborto é crime.  A mulher pode ser presa e julgada como um assassina fria e cruel.  Se um dia me perguntarem se conheço alguma mulher que já abortou, negarei e nego, infelizmente, esse é um segredo que é só nosso. Ela tinha 15 anos, estava gravida de seu primeiro filho. Sua mãe, gentilmente lhe convenceu a cometer o fato, não havia escolha: o que decidir? Ela tomou 4 comprimidos, teve doze horas de trabalho de parto. Chorava baixinho, sua mãe não queria que ninguém soubesse. Passou a noite com dor e com medo, e se Deus brigasse? Mas, ela sabia, não podia ter a criança. Como ia viver com um marido de 19 anos, mãe aos 15? E a escola? E as pessoas? É verdade, ela transou e gozou. Foi bom. Ficou gravida. A camisinha estorou. Pensava e chorava, pedindo para quem quer que fosse (poderia até ser Deus, se ele não estivesse muito bravo),  que não precisasse ir para o médico. Pela manhã, sozinha, no banheiro de casa, espeliu o feto, cai

Ela é mais macho que muito homem

Imagem
Quem de nós nunca precisou desentupir um esgoto? Quem de nós nunca precisou trocar um chuveiro queimado ou um botijão de gás? Quem de nós nunca ficou horas em pé num coletivo depois de um dia de trabalho (e em alguns casos sendo encoxada por um maldito que não sabe controlar suas pulsões sexuais)? Quem de nós nunca se queimou tentando evitar que o ferro de passar roupa não caísse no nossx filhx, e apesar da dor lascinate da queimadura, não soltou uma única lagrima?  Quem de nós nunca sofreu 5, 6, 7, 8,12 horas de trabalho de parto, com coragem e determinação até a hora da saída do bebê? Quem de nós nunca foi trabalhar com uma puta cólica, e ficou firme até o fim do expediente? Quem de nós nunca levantou as 4, 5 horas da madrugada,para arrumar os filhos, a casa, a comida antes de ir pro trabalho/estudo? Quem de nós nunca se sentiu magoada com a separação, mas tirou forças de onde não tinha e seguiu em frente por causa dxs filhxs? Quem de nós nunca precisou construir

Mais valia do lar

Imagem
Talvez, muitas mulheres ou homens que leiam esse escrito, não compreendam o quão degradante e opressor é o trabalho doméstico,e até achem que estou exagerando, afinal alguém tem que lavar, passar e cozinhar, e isso é muito nobre não é mesmo?  Todo mundo precisa de casa limpa, comida e roupa não é mesmo? Mas façamos um exercício. Vamos imaginar, que não houvessem as mulheres para cuidar da casa, dos filhos e dos doentes gratuitamente. Vamos imaginar que os patrões tivessem que pagar para alguém realizar essas atividades. Quanto se cobra para cuidar de uma criança, decentemente? Incluindo as noites de sono perdidas amamentando , os cabelos brancos de preocupação, o esgotamento de nervos com as birras infantis, as horas cozinhando papinha e trocando fraldas? Uns 800 reais é o suficiente? Digamos que sim. Quanto se cobra para lavar louça, cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa, passar a roupa, tirar o pó, limpar os armários e os azulejos, lavar o banheiro,aspirar a casa duas ve

Eu acho que ser mulher...

Imagem
Vi essa foto no Facebook. Fico pensando quem escreve uma idiotice dessa. E o pior, em mulher que compartilha e tem mulher que curte,e ainda posta comentário escrito: somos foda!. É uma tentativa de valorizar aquilo que nossa sociedade determina como  os traços da personalidade feminina? Por que se for isso, temos sérios problemas nessas frases.  Ou será essa foto uma tentativa de nos ridicularizar, oprimir e inferiorizar mais? Será que todas as mulheres são fofas (carinhosas), complexas (complicadas), malucas (mentalmente incapaz), obsessiva ( é, tipo uma patologia psicológica), sentimos frio (isso ficou confuso,porque acho que todo ser vivo percebe as mudanças climáticas, ou não?), viramos onça (ou seja, nunca podemos ser racionais, porque quando deixamos de ser maluca, complexa, confusa, nos portamos como um animal irracional), mas na verdade somos seres movidos por hormônios e emoções ( logo, não temos nenhuma chance de sermos racionais, e se não somos racionais somos obj

Amélia que era mulher de verdade!

Imagem
Adoro o Facebook! Rola cada preciosidade por lá, uma delicia!!! Antes de ler este post, sugiro a você car@ leitor/a que veja o vídeo antes (caso você não tenha visto). Você só contextualizará nossa discussão de hoje depois de assisti-lo. Para quem já teve o enorme prazer em vê-lo no Facebook, podemos começar. A muito tempo, venho abordando em algumas postagens aqui no blog, o fato de que a mulher é ensinada o tempo todo e por tudo a ser submissa, e que no fundo da alma deles, os homens gostam mesmo é de mulher submissa. Para que fique bem clara minha argumentação, vou usar três exemplos do cotidiano, para explicar o quanto as abobrinhas que as religiosas do vídeo ai em cima dizem não é tão incomum no mundão fora da igreja e dos templos, e que inclusive, muitas de nós multiplicamos em nosso cotidiano a máxima da submissão, quer consciente ou inconsciente. Eu como feminista, marxista e revolucionária que sou, fiquei estarrecida logo de cara quando elas dizem: elas tem carre

Chorei até ficar cansada....

Imagem
Há um conceito sobre normalidade. Em estatística, esse conceito é estipulado pela média do comportamento das pessoas, que acaba virando um padrão. O problema, é que no capitalismo, os padrões são criações pautadas na necessidade do lucro: aquilo que gera lucro é tido como normal. Embora, cada vez menos, existam pessoas que estejam dentro desse "normal". Confesso que passo muito longe dele, embora, todos os dias, tome minha dose de normalidade. Mas sofro, porque volta e meia me pegando imaginando como deve ser feliz a vida de quem é normal. Você sabe, as pessoas normais ué, todas aquelas que são como a Bailarina do Chico Buarque. Todas as pessoas do mundo, ou a sua grandíssima maioria, são perfeitas como a Bailarina. No fundo tenho inveja de quem é assim Bailarina: gente que não sente ciúmes, que não tem medo, que não sente dor, que não fica doente, que não desiste, que nunca erra, que sempre tem auto estima, que tá sempre belo, que tá sempre magro, que é sempre c