(In) Feliz Dias das Mães!
Outro dia vi no Facebook alguém que escreveu o significado dos dias das mães. Não me lembro em detalhes, mas tinha um fundilho católico. Bem, o capitalismo tem o mérito de transformar tudo em mercadoria, e os dias mães, a segunda maior data do varejo brasileiro, não é diferente. Além de mercantilizar com o lance dos presentes, ainda coisifica a maternidade a tornando algo inatingível. Bom, vamos começar pela lei, adoro a lei e sua capacidade de normatizar tudo. Pela lei, só somos mães até o cabra ou a cabra atingirem a maioridade aos 18 anos, e acho isso perfeito, porque aos 18 o sujeito ou a sujeita deve ter condições de se virar no mundão. Mas a sociedade, ao sacralizar a maternidade, nos empurra para um mal estar sem fim, e nos obriga a criarmos com a mesma devoção devida a um bebê cada marmanjo barbado, e os marmanjos barbados que casaram com nossas filhas. Sinceramente, eu não vejo grande vantagens em ser mãe: trabalho sem férias, descanso, prestigio, retorno, sa