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Quem tem medo do lobo mau????

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Meu blog anda abandonado,isso é verdade. Mas andava meio preocupada e sem vontade de criar. Mas,ontem,estava lendo um texto do Freud sobre o Mal estar da Civilização,e várias coisas me ocorreram. Bom,hoje vendo o FB,me dei conta de como as pessoas são felizes. As vezes acho que preciso tomar a dose diária de felicidade do restante da população. Pra Freud, a felicidade é algo inatingível, e que o amor, bem,o amor é um capítulo a parte. Fiquei pensando nos lobos maus que existem por ai. Alguns tem medo da velhice, outros das doenças, outros da criminalidade, outros do casamento, outros da paixão, mas ninguém tem medo de ser feliz. Ao mesmo tempo, que me pergunto,quem é que pode ser feliz nesse mundo? Passei os últimos 5 anos, tentando me localizar numa determinada lógica, que me partes passou a ser a minha lógica, em partes contém elementos que me contradizem. Mas,como diriam Caeteano: esse papo já tá qualquer coisa, e eu eu já tô pra lá de Marracchi...  Este post

Uma grande rebelião juvenil!

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Uma grande rebelião juvenil, é o que estamos assistindo agora pela tv! Escrevo esse post com lágrimas nos olhos, seja pela minha situação pessoal, seja pelo grande levante dos nosso jovens. Um novo Brasil nasceu nesse mês de Junho, e seguirá num rumo que jamais imaginamos. Lindo, ver nossos jovens, nas ruas, tomando os espaços públicos e reivindicando. Mais lindo ainda são as jovens! A crise que se abre para a burguesia, é uma crise que eles não estão prontos para resolver. Um impasse, um levante, uma multidão, uma revolução. Os 0,20 centavos foi a gota d'água no nosso copo cheio da exploração, mas estamos nas ruas gritando pelo fim da corrupção, pelo fim da violência policial, por educação de qualidade, por saúde pública e de qualidade, por transporte público e de qualidade, um grito pela vida. Pela vida dos mais de 1600 jovens assassinados na periferia de Sp e do Brasil no último ano, pelos jovens presos, pelos jovens nas drogas. Todos me dizem, todos os dias, que e

A gente não quer só o fim do 3,20...

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A gente quer o fim do 3,20... A gente quer passe livre e com qualidade... A gente quer casa decente pro filhos da gente... A gente quer saúde digna e com qualidade... A gente quer vaga na creche perto de casa... A gente quer comida quente cinco vezes por dia... A gente quer trabalho com salario digno... A gente quer o fim do Estatuto do Nascituro... A gente quer salario minimo de 2600 reais como diz o Dieese... A gente quer parto humanizado... A gente quer o fim da violência contra as mulheres... A gente quer ensino superior para pretos e pobres nas instituições públicas... A gente quer FGTS, Férias, 13ª salario e INSS... A gente quer qualidade de vida com parque a áreas arborizadas... A gente quer saneamento básico, porra... A gente quer espaço de lazer e de brincar para as crianças... A gente quer cultura, a nossa cultura... A GENTE QUER VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ... A GENTE QUER MAIS DO QUE O FIM DOS 3,20... A GENTE QUER SER GENTE, GENTE BOA, GENTE

As tristezas dessa vida!

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Poucas coisas me deixam triste ou me inspiram tristeza, mas a imagem de uma mulher solitária bebendo num bar, depois de um dia de trabalho, com a expressão cansada e vencida, apertam minha alma. As pesquisas apontam que as mulheres sempre são minoria em relação ao uso de drogas, vicio em álcool e envolvimento no crime. Penso que esses dados tenham eco na realidade. Ontem fui no centro espirita que frequentei a muito tempo, com essa coisa toda do tumor, minha mãe acha que isso é um castigo por ser ateia, ai para acalma-la (e talvez me acalmar) fui lá. Mas, já não consigo mais sentar lá e ouvir a palavra de Deus em vão. Ontem, sentada lá, fiquei pensando em duas coisas: primeiro que a cada dez pessoas 8 eram mulheres. Daí fiquei pensando, por que a maioria das pessoas são mulheres? Uma possível explicação, é o fato de que segundo os frankfurtianos, a cisão homem-natureza, colocou a mulher no campo da natureza, bem como a religião. Esse processo de separação,objetivou a dominaçã

(In) Feliz Dias das Mães!

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Outro dia vi no Facebook alguém que escreveu o significado dos dias das mães. Não me lembro em detalhes, mas tinha um fundilho católico. Bem, o capitalismo tem o mérito de transformar tudo em mercadoria, e os dias mães, a segunda maior data do varejo brasileiro, não é diferente. Além de mercantilizar com o lance dos presentes, ainda coisifica a maternidade a tornando algo inatingível. Bom, vamos começar pela lei, adoro a lei e sua capacidade de normatizar tudo. Pela lei, só somos mães até o cabra ou a cabra atingirem a maioridade aos 18 anos, e acho isso perfeito, porque aos 18 o sujeito ou a sujeita deve ter condições de se virar no mundão. Mas a sociedade, ao sacralizar a maternidade, nos empurra para um mal estar sem fim, e nos obriga a criarmos com  a mesma devoção devida a um bebê cada marmanjo barbado, e os marmanjos barbados que casaram com nossas filhas. Sinceramente, eu não vejo grande vantagens em ser mãe: trabalho sem férias, descanso, prestigio, retorno, sa

Quando o corpo não é meu...

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Uma das características dos crimes de guerra é a aniquilação da identidade do povo vencido. Uma das formas de fazer isso é matar todos os homens, todas as crianças, estuprar as mulheres e garantir o fim da etnia ou povo vencido. Foi assim na ex-Iugoslávia, é assim em todos os lugares em guerra. Talvez, haja uma pequena diferença entre uma guerra e outra, mas o pano de fundo é o mesmo. Pra se ter uma idéia, na ex- Iugoslávia, haviam campos de estupros coletivos,onde as mulheres eram presas e estupradas dias e dias por vários soldados. Tenho impressão, que a prostituição das belas croatas tenha a ver com isso. Em casos de guerra, é nítido o poder do estupro. Mas em sociedades como o Brasil, Índia, Estados Unidos, o que está por trás do estupro? Os números das mortes em nosso país, são de uma guerra, isso é fato, mas podemos afirmar que aqui no Brasil o estupro é usado como crime de guerra? Quando aconteceu o primeiro estupro da história da humanidade? Será que os

Funk Sim!

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Primeiro de Abril! Em meio o caos que é minha vida, em meio as angustias da pós, finalmente consegui terminar esse texto. Ele surgiu, como reflexo de um artigo que enviei pra um encontro de estudos feministas, marxismo e educação, uma pequena discussão que eu propus sobre o caráter afirmativo da cultura no funk. De lá pra cá, já pensei muita coisa sobre isso. Mas ontem, aconteceu uma coisa que me inquietou ainda mais. Estava aqui na sala de casa assistindo ao Lolla Palloza, que passou na tv a cabo: é um festival de música supostamente alternativa para um público esmagadoramente jovem e branco, os tais hippisters (acho que é assim que escreve). No mesmo minuto, que o Criolo cantava no palco, aqui na rua de casa rolava o famoso pancadão do funk, e enquanto a juventude branca e burguesa de SP curtia seu som, seu lazer, a molequecada preta e pobre daqui da vila levava esculacho da policia. As duas cenas: a da tv e da rua daqui da vila expressam exatamente o sentido e o si