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Mostrando postagens de 2013

Isso também é Brasil...

Vitória, Espirito Santo, Brasil. Mas podia ser Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Maceió, Porto Alegre, Rio Branco, Cuiabá. São jovens, na sua maioria pretos, mas todos pobres, e já dizia Caetano: pobre são como coisas. O vídeo acima foram extraído do excelente post "Shopping Vitória: corpos negros no lugar errado", do blog Negro Belchior ( clique aqui ). Já faz um tempo, que não escrevo no blog (a patrulha do cuidado negra, com o que você escreve, não pense muito, isso faz mal) me estressa demais, e também com as tarefas do mestrado e da vida, fui deixando na reserva a escrita por aqui. Mas dessa vez, foi diferente. ver os videos e os últimos acontecimentos (como o caso dos meninos negros no Ceara que são barrados de andar no shopping por estarem de bermuda e chinelo), e, a eminência dos dados da minha pesquisa, me senti compelida a escrevinhar alguns pesamentos. A Cidade de SP tem aproximadamente 2 milhões de jovens de 15 a 24 anos, desse total 35% vive em

Que falta a experiências nos faz...

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Recentemente, terminei de ler um livro chamado Três Ensaios Sobre Juventude e Violência. No livro, a autora analisa três filmes: Aos Treze, Laranja Mecânica e Cama de Gato, a autora analisa as experiências juvenis da sociedade moderna, a luz das contribuições de Walter Benjamin. Walter Benjamim, é um dos autores da primeira Escola de Frankfurt, e dentre tantas questões, em seus escritos, analisa a questão da experiência. No livro, a autora, discursa que vivemos numa sociedade vazias de experiências, e que esse vazio é marcado pelas dificuldades dos adultos em adultecerem, e cumprirem seu papel de ajudar o jovem realizar a travessia entre a infância e a adultice. Nosso papel enquanto adultos, segundo a autora, seria o de contribuir com experiências significativas para que os jovens, pudessem amadurecer, romper com o passado e continuar a história da civilização. O fato, é que a sociedade moderna, esta vazia de possibilidades de experiências que possam ser vivências format

Vamos falar de nós, meu bem!

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A algum tempo, venho estudando a opressão da mulher,a partir do viés da Teoria Critica da Sociedade. Para quem não conhece, a Teoria Critica da Sociedade não é uma linha ligada aos neo- marxistas, nem ao pós modernismo. Os frankfurtianos se dedicaram a estudar o individuo moderno, e para isso utilizam toda a escola filosofica alemã, com enfase me Marx e os escritos freudianos, pelo fato de Freud ser um dos pensadores que melhor traduziu o individuo moderno.  Nessa relação dialética e histórica, tenho conseguido pensar algumas outras nuances da opressão da mulher.  Penso, que a grande contribuição que a Teoria Critica possa trazer, seja o fato de pensar os processos de constituição do conceito de mulher. Na modernidade, o conceito de mulher emerge com a ideia da mulher para a vida social produtiva, tanto crianças quanto mulheres,eram sujeitos sociais que surgiram com a industrialização, e do ponto de vista conceitual, a definição utilizada foi a relação de diferenciação desse

Não passarão...

No final da semana passada, saiu o  Mapa da Violência de 2013, com dados que não são tão novos assim: o índice de mortalidade entre jovens continua muito alto, 33%. O número proporcional de jovens negros mortos, ainda continua alto,  8 jovens mortos a cada 100 jovens negros brasileiros, contra 1 jovem branco morto para cada 100 jovens brancos. Hoje de manhã, estava assistindo ao Bom Dia Brasil, um jornal da Rede Globo, que passa na Globo News, e por causa do Papa Chico e da Jornada Mundial da Juventude, a Miriam Leitão, que é comentarista, só que de economia e política, fez uma participação sobre o problema da juventude brasileira. Muito corretamente,ela falou sobre o índice de desemprego juvenil , que chega a 33, 4% entre jovens de 15 a 29 anos,retomou os dados do Mapa da Juventude,apontou a violência em que os jovens estão inseridos, e pasmem, falou até dos jovens do sexo feminino, que representam 39% dos jovens que estão fora da escola e portanto fora do mercado de traba

Boca suja!

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Estava conversando com o Marcos, uma conversa trivial. Perguntei pra ele, qual o palavrão mais feio que ele costuma falar, quando ele tá bem bravo. (Mas,antes de você continuar lendo, já aviso que este texto contém palavrões, dos mais variados. Aviso dado, continuemos!!!) O meu é buceta, o dele é puta que pariu. De repente me dei conta, que mais do quer ter conotação sexual, a maioria dos palavrões são machistas e homofóbicos. No caso dele, nada é pior de sua mãe ser uma puta, isso pros meninos é a morte, talvez pior do que ser mandado ir tomar no cú. Para nós mulheres, o que pode ser mais feio do que a buceta? E, assim, jogamos toda nossa aversão sexual e sexualizada na linguagem. Me lembrei do prazer infantil dos meus filhos, em dizerem palavrões, caralho e eita porra é o preferido pela molecada. Não sei se isso tem haver com a descoberta da sexualidade infantil ali, tão ingenua e saudável, ou se tem haver com a vontade de ser adulto, afinal, palavrão é coisa d

Quem tem medo do lobo mau????

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Meu blog anda abandonado,isso é verdade. Mas andava meio preocupada e sem vontade de criar. Mas,ontem,estava lendo um texto do Freud sobre o Mal estar da Civilização,e várias coisas me ocorreram. Bom,hoje vendo o FB,me dei conta de como as pessoas são felizes. As vezes acho que preciso tomar a dose diária de felicidade do restante da população. Pra Freud, a felicidade é algo inatingível, e que o amor, bem,o amor é um capítulo a parte. Fiquei pensando nos lobos maus que existem por ai. Alguns tem medo da velhice, outros das doenças, outros da criminalidade, outros do casamento, outros da paixão, mas ninguém tem medo de ser feliz. Ao mesmo tempo, que me pergunto,quem é que pode ser feliz nesse mundo? Passei os últimos 5 anos, tentando me localizar numa determinada lógica, que me partes passou a ser a minha lógica, em partes contém elementos que me contradizem. Mas,como diriam Caeteano: esse papo já tá qualquer coisa, e eu eu já tô pra lá de Marracchi...  Este post

Uma grande rebelião juvenil!

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Uma grande rebelião juvenil, é o que estamos assistindo agora pela tv! Escrevo esse post com lágrimas nos olhos, seja pela minha situação pessoal, seja pelo grande levante dos nosso jovens. Um novo Brasil nasceu nesse mês de Junho, e seguirá num rumo que jamais imaginamos. Lindo, ver nossos jovens, nas ruas, tomando os espaços públicos e reivindicando. Mais lindo ainda são as jovens! A crise que se abre para a burguesia, é uma crise que eles não estão prontos para resolver. Um impasse, um levante, uma multidão, uma revolução. Os 0,20 centavos foi a gota d'água no nosso copo cheio da exploração, mas estamos nas ruas gritando pelo fim da corrupção, pelo fim da violência policial, por educação de qualidade, por saúde pública e de qualidade, por transporte público e de qualidade, um grito pela vida. Pela vida dos mais de 1600 jovens assassinados na periferia de Sp e do Brasil no último ano, pelos jovens presos, pelos jovens nas drogas. Todos me dizem, todos os dias, que e

A gente não quer só o fim do 3,20...

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A gente quer o fim do 3,20... A gente quer passe livre e com qualidade... A gente quer casa decente pro filhos da gente... A gente quer saúde digna e com qualidade... A gente quer vaga na creche perto de casa... A gente quer comida quente cinco vezes por dia... A gente quer trabalho com salario digno... A gente quer o fim do Estatuto do Nascituro... A gente quer salario minimo de 2600 reais como diz o Dieese... A gente quer parto humanizado... A gente quer o fim da violência contra as mulheres... A gente quer ensino superior para pretos e pobres nas instituições públicas... A gente quer FGTS, Férias, 13ª salario e INSS... A gente quer qualidade de vida com parque a áreas arborizadas... A gente quer saneamento básico, porra... A gente quer espaço de lazer e de brincar para as crianças... A gente quer cultura, a nossa cultura... A GENTE QUER VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ... A GENTE QUER MAIS DO QUE O FIM DOS 3,20... A GENTE QUER SER GENTE, GENTE BOA, GENTE

As tristezas dessa vida!

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Poucas coisas me deixam triste ou me inspiram tristeza, mas a imagem de uma mulher solitária bebendo num bar, depois de um dia de trabalho, com a expressão cansada e vencida, apertam minha alma. As pesquisas apontam que as mulheres sempre são minoria em relação ao uso de drogas, vicio em álcool e envolvimento no crime. Penso que esses dados tenham eco na realidade. Ontem fui no centro espirita que frequentei a muito tempo, com essa coisa toda do tumor, minha mãe acha que isso é um castigo por ser ateia, ai para acalma-la (e talvez me acalmar) fui lá. Mas, já não consigo mais sentar lá e ouvir a palavra de Deus em vão. Ontem, sentada lá, fiquei pensando em duas coisas: primeiro que a cada dez pessoas 8 eram mulheres. Daí fiquei pensando, por que a maioria das pessoas são mulheres? Uma possível explicação, é o fato de que segundo os frankfurtianos, a cisão homem-natureza, colocou a mulher no campo da natureza, bem como a religião. Esse processo de separação,objetivou a dominaçã

(In) Feliz Dias das Mães!

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Outro dia vi no Facebook alguém que escreveu o significado dos dias das mães. Não me lembro em detalhes, mas tinha um fundilho católico. Bem, o capitalismo tem o mérito de transformar tudo em mercadoria, e os dias mães, a segunda maior data do varejo brasileiro, não é diferente. Além de mercantilizar com o lance dos presentes, ainda coisifica a maternidade a tornando algo inatingível. Bom, vamos começar pela lei, adoro a lei e sua capacidade de normatizar tudo. Pela lei, só somos mães até o cabra ou a cabra atingirem a maioridade aos 18 anos, e acho isso perfeito, porque aos 18 o sujeito ou a sujeita deve ter condições de se virar no mundão. Mas a sociedade, ao sacralizar a maternidade, nos empurra para um mal estar sem fim, e nos obriga a criarmos com  a mesma devoção devida a um bebê cada marmanjo barbado, e os marmanjos barbados que casaram com nossas filhas. Sinceramente, eu não vejo grande vantagens em ser mãe: trabalho sem férias, descanso, prestigio, retorno, sa

Quando o corpo não é meu...

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Uma das características dos crimes de guerra é a aniquilação da identidade do povo vencido. Uma das formas de fazer isso é matar todos os homens, todas as crianças, estuprar as mulheres e garantir o fim da etnia ou povo vencido. Foi assim na ex-Iugoslávia, é assim em todos os lugares em guerra. Talvez, haja uma pequena diferença entre uma guerra e outra, mas o pano de fundo é o mesmo. Pra se ter uma idéia, na ex- Iugoslávia, haviam campos de estupros coletivos,onde as mulheres eram presas e estupradas dias e dias por vários soldados. Tenho impressão, que a prostituição das belas croatas tenha a ver com isso. Em casos de guerra, é nítido o poder do estupro. Mas em sociedades como o Brasil, Índia, Estados Unidos, o que está por trás do estupro? Os números das mortes em nosso país, são de uma guerra, isso é fato, mas podemos afirmar que aqui no Brasil o estupro é usado como crime de guerra? Quando aconteceu o primeiro estupro da história da humanidade? Será que os

Funk Sim!

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Primeiro de Abril! Em meio o caos que é minha vida, em meio as angustias da pós, finalmente consegui terminar esse texto. Ele surgiu, como reflexo de um artigo que enviei pra um encontro de estudos feministas, marxismo e educação, uma pequena discussão que eu propus sobre o caráter afirmativo da cultura no funk. De lá pra cá, já pensei muita coisa sobre isso. Mas ontem, aconteceu uma coisa que me inquietou ainda mais. Estava aqui na sala de casa assistindo ao Lolla Palloza, que passou na tv a cabo: é um festival de música supostamente alternativa para um público esmagadoramente jovem e branco, os tais hippisters (acho que é assim que escreve). No mesmo minuto, que o Criolo cantava no palco, aqui na rua de casa rolava o famoso pancadão do funk, e enquanto a juventude branca e burguesa de SP curtia seu som, seu lazer, a molequecada preta e pobre daqui da vila levava esculacho da policia. As duas cenas: a da tv e da rua daqui da vila expressam exatamente o sentido e o si

Vamos todos para Palmares!

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Esses dias eu estava pensando, onde seria a nossa Palmares? Na música, o poeta fala do processo da fuga dos escravos para palmares: do caminhos, dos percalços, dos inimigos e da glória de finalmente chegar a Palmares. Eu penso, que ir pra Palmares,é se libertar, é encontrar o lugar onde sejamos nós, com a nossa origem, com a nossa raiz. De maneira geral, se a gente for pensar que os processos de cada um tem muitos pontos em comum com o coletivo, vamos perceber que muito de nós está nesse caminho de libertação. Mas, para ser livre é preciso primeiro se perceber preso. Para ser livre é preciso saber o que é liberdade. A maioria dos pretos e pretas que eu conheço não se acha preso, e também pensam que liberdade é poder de consumo. Mas, para mim, ser livre é poder andar na rua e as pessoas não me olharem de um jeito estranho por causa da cor da minha pele. Para mim ser livre, é passar no hospital, e o médico me designar a mesma atenção que ele designa para a mulher bran

Mesmo que seja eu...

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A vida podia ser como música. Nas letras de música até a decepção amorosa é leve. Tenho demorado mais para escrever no blog, por que me irrita esse gente chata que fica me corrigindo e dizendo o que devo escrever e como devo escrever. O blog é um espaço pessoal, quem quiser ler que leia, fico feliz quando as pessoas curtem e se identificam com as minhas brisas,mas não estou escrevendo aqui uma tese de doutorado e nem um artigo. São só reflexões de uma cabeça pensante. Foi por isso que fiz o blog, e pretendo doravante voltar a esse objetivo. Por esses dias estive pensando, como não passamos de sombras. Somos uma mancha, um borrão,do que poderíamos ser como seres humanos, como civilização. De todos os compositores da MPB eu acho o Cazuza o mais inteligente. Não que ele tenha feito músicas como o Chico Buarque, mas pela sagacidade e sinceridade doida de suas letras. É como se os olhos do Cazuza vissem o mundo como ele é,  e suas mãos o descrevesse com a mesma sincer

De braços sempre abertos....

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Não sou católica,mas a gente sabe da influência que o cristianismo tem na nossa sociedade. Principalmente na construção de conceitos como casamento, amor, fidelidade,homem, mulher,maternidade,paternidade e por ai vai. A imagem da virgem Maria, sempre placida e de braços abertos, pronta para receber qualquer um de qualquer maneira e inundar nos de amor e compreensão  guarda em si a mais clara definição do papel da mulher em nossa sociedade. Nós mulheres temos que ser assim, sejamos católicas, candomblecistas  feministas, revolucionárias, budistas, ateias, rica, pobre, negra, branca, latina, norte americana, africana  asiática  Não importa, sempre nos cobram que estejamos com os braços abertos. Sempre temos que ceder primeiro, sempre temos que entender mais, sempre temos que nos dedicar mais; para que os homens possam fazer o que deles é esperado: conquistar e destruir. Mesmo que sejamos nós, as que conquistam e destrõe (a poderosa da Alemanha Angela Merkel e a Hilary Clin

Por que a gente é assim?

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Odeio festinha de criança. Só não odeio mais do que reunião de pais. Penso, que o que essas duas coisas tem em comum é o quão patético são essas atividades. Na reunião de pais, o que me irrita profundamente é o tom maternal  - psicótico das professoras para conosco, as imbecis mães. Odeio quando se dirigem a mim e me chamam de "mãe"  e dizem: Olha mãe, presta bastante atenção, por que eu vou explicar. É como se elas não soubessem conversar conosco, pessoas adultas, como se fala com adultos.  No caso das festinhas das crianças, é um ritual tão sem sentido e bobo, que faz com que sejamos forçados a sorrir e acenar o tempo todo. Sempre há um clima tenso do tipo: olha como sou chique, olha a festa que fiz pro meu filho. E sempre rola um racha entre as famílias da mãe e do pai. E, isso não é coisa de pobre não. Desde a época que eu trabalhava com buffet, já era assim. Alias, quanto mais grana, mais competitivo e mais patético. Gosto de reunião de pessoas queridas, que

Eu, tu, eles...

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Esse feriado, foi marcado por duas coisas dignas de nota: o aniversário da "bela" São Paulo e o incêndio na boite em Santa Maria - RS. Antes do feriado, teve uma audiência pública aqui na quebrada, que teve a presença do traidor Netinho de Paula (já já explico o porque de traidor). Sexta foi um dia de debate no facebook, sobre o por que não amamos SP (havia eu e mais um pequeno grupo de realistas sobre o que é a selva de pedras) e domingo foi outro embate sobre o que qualificamos como tragédia. No dia 25 de Janeiro, a trilha sonora foi Um homem na estrada também do Racionais, uma música do vermelho anos 90, como diria o Edy Rock, fazer o que 500 anos de Brasil e o Brasil nada mudou. No domingo da tragedia,  a  gente aqui dessa cidade em guerra foi de Negro Drama. Oh sim, morreram 245 jovens com futuros brilhantes por causa da ganancia dos capitalistas. Mas, nesses 512 anos de Brasil quantos jovens com futuro brilhantes foram mortos nessa guerra particular? 245?

Se ela fizesse ...

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Essa história não é real, no Brasil aborto é crime.  A mulher pode ser presa e julgada como um assassina fria e cruel.  Se um dia me perguntarem se conheço alguma mulher que já abortou, negarei e nego, infelizmente, esse é um segredo que é só nosso. Ela tinha 15 anos, estava gravida de seu primeiro filho. Sua mãe, gentilmente lhe convenceu a cometer o fato, não havia escolha: o que decidir? Ela tomou 4 comprimidos, teve doze horas de trabalho de parto. Chorava baixinho, sua mãe não queria que ninguém soubesse. Passou a noite com dor e com medo, e se Deus brigasse? Mas, ela sabia, não podia ter a criança. Como ia viver com um marido de 19 anos, mãe aos 15? E a escola? E as pessoas? É verdade, ela transou e gozou. Foi bom. Ficou gravida. A camisinha estorou. Pensava e chorava, pedindo para quem quer que fosse (poderia até ser Deus, se ele não estivesse muito bravo),  que não precisasse ir para o médico. Pela manhã, sozinha, no banheiro de casa, espeliu o feto, cai

Ela é mais macho que muito homem

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Quem de nós nunca precisou desentupir um esgoto? Quem de nós nunca precisou trocar um chuveiro queimado ou um botijão de gás? Quem de nós nunca ficou horas em pé num coletivo depois de um dia de trabalho (e em alguns casos sendo encoxada por um maldito que não sabe controlar suas pulsões sexuais)? Quem de nós nunca se queimou tentando evitar que o ferro de passar roupa não caísse no nossx filhx, e apesar da dor lascinate da queimadura, não soltou uma única lagrima?  Quem de nós nunca sofreu 5, 6, 7, 8,12 horas de trabalho de parto, com coragem e determinação até a hora da saída do bebê? Quem de nós nunca foi trabalhar com uma puta cólica, e ficou firme até o fim do expediente? Quem de nós nunca levantou as 4, 5 horas da madrugada,para arrumar os filhos, a casa, a comida antes de ir pro trabalho/estudo? Quem de nós nunca se sentiu magoada com a separação, mas tirou forças de onde não tinha e seguiu em frente por causa dxs filhxs? Quem de nós nunca precisou construir

Mais valia do lar

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Talvez, muitas mulheres ou homens que leiam esse escrito, não compreendam o quão degradante e opressor é o trabalho doméstico,e até achem que estou exagerando, afinal alguém tem que lavar, passar e cozinhar, e isso é muito nobre não é mesmo?  Todo mundo precisa de casa limpa, comida e roupa não é mesmo? Mas façamos um exercício. Vamos imaginar, que não houvessem as mulheres para cuidar da casa, dos filhos e dos doentes gratuitamente. Vamos imaginar que os patrões tivessem que pagar para alguém realizar essas atividades. Quanto se cobra para cuidar de uma criança, decentemente? Incluindo as noites de sono perdidas amamentando , os cabelos brancos de preocupação, o esgotamento de nervos com as birras infantis, as horas cozinhando papinha e trocando fraldas? Uns 800 reais é o suficiente? Digamos que sim. Quanto se cobra para lavar louça, cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa, passar a roupa, tirar o pó, limpar os armários e os azulejos, lavar o banheiro,aspirar a casa duas ve