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Mostrando postagens de julho, 2014

O caso do vagão rosa: vagão só para mulheres, sociedade só para homens

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Reza a lenda urbana, que numa cidade enorme como São Paulo (aproximadamente 92 milhões de habitantes), onde 52% da população são espécies do sexo feminino, um simples vagão de trem na cor de rosa, por cada composição, livrará as mulheres da violência sexual diaria neste meio de transporte. Essa mesma lenda, afirma, que dessa maneira, só será vitima de violência quem quiser, já que, embora as mulheres sejam maioria, um vagão por composição será o suficiente para  protege-las. A mídia, que alimenta essas lendas, mostra em seus programas, diariamente, ora sutil, ora escancarado, as mulheres como objeto: de desejo, de consumo, de decoração, de submissão. Na mídia, as tais mulheres, são sempre novas, e quanto mais novinha melhor.  Há um programa em especial, um tal de Zorra Total, que não por acaso (ou seria acaso?), tem um quadro onde uma mulher é assédiada, e demonstra gostar, afinal ela é feia, que mulher feia não ia gostar de ser abusada, não é mesmo? Mas, esse papo de

Pelo direito a felicidade!

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Ando sentindo uma dor esquisita no peito. É uma dor que fica ali, doendo, doendo, doendo. Me pergunto, como se sente algo, que não sabe de onde vem ou por quê? Sabe, essa dor me impede de escrever, de sorrir... Essa dor as vezes me impulsiona, as vezes me para, as vezes me faz gritar, as vezes me cala... Vejo essa dor em outros rostos, outras histórias, na minha memória... Essa dor me faz gente, e eu me pergunto: o que é ser gente? Gente é levantar cedo, trabalhar, pagar as contas, sorrir ao ver um cachorro, discutir a crise mundial, acreditar que o céu é o limite? O que nos faz feliz? A propaganda diz que é o Pão de Açucar, ou um cartão de crédito. Fiz tudo que me disseram: cresci, estudei, casei, tive filhos, militei, e mesmo assim, não me vejo gente, não me sinto gente. Me sinto carne, a carne mais barata do mercado, a carne negra. Me sinto multidão, sem rosto, sem nome, sem história, sem passado, sem presente, sem futuro. Me sinto puta, perdida, largada,