Postagens

Mostrando postagens de 2016

Precisamos falar sobre nós... e sobre eles também

Imagem
Ai o amor! Ai o amor cantado pelo Jorge Ben! Ai o amor de tantos nomes, de tantas bocas, de tantos acordes... Ai o amor! Eu tenho ouvido muito Jorge Ben, e ele tem me feito pensar muitas coisas. Mais ele tem me feito pensar muito sobre relacionar-se de novo. Sobre todas as possibilidades de amar de novo (supondo que um dia amei). O amor têm cor? O amor têm cheiro ou sabor? O amor têm idade ou classe social? Poderia um burguês amar um trabalhador ou um trabalhador amar um burguês? Pode um homem amar uma mulher? Pode uma mulher amar um homem? Podemos nos amar? Uma vez conversando com uma amiga, eu lhe disse que ela devia rever seu conceito de amor, mais qual é o meu conceito de amor? Tenho pensando que amor é liberdade, por isso não deve ter cor, classe, cheiro, conta bancária ou sobrenome. Mais pra mim amor também é politico, logo quem eu amo, diz muito sobre o que penso e acredito. Se por um lado, para mim enquanto mulher preta, me relacionar com um homem

Quando se é o que é...

Imagem
Engraçado como a perspectiva é sempre a mesma, só mudamos o foco. Tenho pensado muito sobre isso. Ontem, eu fui almoçar com um amigo, e conversávamos sobre meu ex casamento, ele me perguntou: "você não projeta no próximo parceiro as frustrações do seu casamento?". Eu de pronto disse que não, mais hoje, analisando como troquei o comunista pelo moço bonito, eu acho que é o que mais tenho feito: projetar no futuro a dor da perda de 8 anos de relacionamento afetivo com o pai das crianças. Eu não sei quais são as perspectivas da vida, por que as relações estão cada vez mais mecânica, cindidas e alienadas. Você já se perguntou o que é o amor? É o calor bom que dá no peito? É o frio na barriga quando se pensa na pessoa, é recostar a cabeça no peito do outro e ouvir musica juntos? (eu fazia muito isso com o ex marido). É rir junto da caibra na hora do sexo? É tudo aceitar, tudo perdoar, tudo relevar mesmo que isso te mortifique? O que é o amor? O que é amar para

Negra, mãe, macumbeira e mestre em educação

Imagem
"Quero abrir passagem para outros negros”, diz Jaqueline Conceição  da Silva,  educadora da periferia. Postado por:  Da Reportagem em 08/03/2016 às 17:37      |     Última atualização:  08/03/2016 às 17:38 Assumir-se! Negra, mãe, macumbeira, moradora de uma ocupação na zona norte de São Paulo e mestre em educação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Jaqueline Conceição da Silva assumiu e venceu muitas batalhas ao longo dos seus 31 anos, mas, firme para encarar a realidade adversa, titubeia quando é questionada sobre seus sonhos. “Sonho é aquilo que quando a gente vai deitar, fecha o olho e nos faz bem, né?”, reflete e, logo, pontua: “Eu tenho metas e um desejo de ver meus filhos homens adultos, com famílias constituídas e de preferência com filhos. Que eles tenham suas companheiras, companheiros, filhos biológicos ou adotados, e eu possa ver isso. Igual família de filme norte-americano, com patriarca e matriarca sentados reunidos”, emocion

O que precisa ser dito... mais a maioria de nós não gosta de dizer

Imagem
No começo desse ano, em Fevereiro, Francisca uma líder sindical campesina, negra e moradora de uma cidade do Maranhão, foi brutalmente assassinada e estuprada. Seu corpo negro e gordo, foi encontrado nu e ensanguentado, marcado pela tortura e jogado numa poça de lama. Na época do fato, não vi nenhum textão indignado de nenhuma feminista aqui do sudeste, nem muito menos de nenhuma feminista, nem mesmo das feministas negras da da high society virtual das revistas de esquerda e textões, ou da geração tombamento. O que a morte de uma trabalhadora do campo, negra e gorda pode ter de glamoroso para nos? Quantos likes e um textão sobre isso no Facebook pode ter? Ás vezes, tenho a impressão de que ser feminista negra em nosso mundo pequeno burguês onde as pessoas letradas e politizadas circulam, se resume a holofote e elogios, e um bocadinho de brigas virtuais e dramas pós modernos marcados por ser bloqueada no Facebook. Hoje, dia 08 de Março, dia da mulher (sobretudo das mu

Deixe - me ir, estou por ai a procurar....

Imagem
Eu podia começar esse post chorando mil fitas, mil trutras e mil tretas... Mais eu sou uma mulher feita no orixá, filha de Xangô com Oxum, não choro, eu luto. Luto por mim e por todo mundo, luto pela beleza e pelo amor. Eu luto. Se canso? Sim, quase sempre. Canso quando me traem, por que sou fiel a minhas ideias, crenças e sentimentos. Não faço nada que não seja visceral, genuíno e único pra mim. Especial de verdade. Já sofri muito, já fui traída, esquecida, negada, passada para traz. Mais hoje, não me levo mais por isso. Na minha cabeça têm um rei e uma rainha. O rei mais forte e mais belo dos Yorubas, a rainha mais doce, feiticeira e bela dentre todas. Não há nada que Xangô queira que ele não consiga ter; não há nada que Oxum queira, que ela não vai conseguir ter. Sou feita pedra. Sou pedra. Sou guerreira, não se espante. Faço meu caminho e sigo por ai a procurar aquilo que conforta meus olhos e meus corpo, por que meu coração é quente e repleto de amor e vital

Ela uni todas as coisas...

Imagem
Eu comecei esse blog, em 2013, para poder escrever sobre as minhas angústias.  Desde que eu me entendo por gente, eu tenho uma necessidade muito grande de falar, e preciso ser ouvida. De 2013 pra cá, aconteceu muita coisa. Pessoas entraram e saíram da minha vida, algumas permaneceram, algumas poucas coisas mudaram, outras foram esquecidas, outras permanecem vivas e ativas nas minhas memórias. Mais têm uma coisa que ao que tudo indica, não vai mudar nunca: a necessidade que tenho de dizer o que penso, sobretudo para as pessoas que se negam a me ouvir. Sabe, eu tenho pensado, por que temos tanta dificuldade em se relacionar? Será que é por que o mundo é cheio de regras e normas malucas e inatingíveis? É como se a vida fosse um jogo, onde temos que seguir um roteiro, e tudo precisa estar milimetricamente definido pelas normas e etiquetas desse jogo. Mulher precisa ser assim, homem precisa ser assado, gay precisa ser cozido, trans precisa cru e se a gente tenta não ser o qu