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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Eu, tu, eles...

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Esse feriado, foi marcado por duas coisas dignas de nota: o aniversário da "bela" São Paulo e o incêndio na boite em Santa Maria - RS. Antes do feriado, teve uma audiência pública aqui na quebrada, que teve a presença do traidor Netinho de Paula (já já explico o porque de traidor). Sexta foi um dia de debate no facebook, sobre o por que não amamos SP (havia eu e mais um pequeno grupo de realistas sobre o que é a selva de pedras) e domingo foi outro embate sobre o que qualificamos como tragédia. No dia 25 de Janeiro, a trilha sonora foi Um homem na estrada também do Racionais, uma música do vermelho anos 90, como diria o Edy Rock, fazer o que 500 anos de Brasil e o Brasil nada mudou. No domingo da tragedia,  a  gente aqui dessa cidade em guerra foi de Negro Drama. Oh sim, morreram 245 jovens com futuros brilhantes por causa da ganancia dos capitalistas. Mas, nesses 512 anos de Brasil quantos jovens com futuro brilhantes foram mortos nessa guerra particular? 245?

Se ela fizesse ...

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Essa história não é real, no Brasil aborto é crime.  A mulher pode ser presa e julgada como um assassina fria e cruel.  Se um dia me perguntarem se conheço alguma mulher que já abortou, negarei e nego, infelizmente, esse é um segredo que é só nosso. Ela tinha 15 anos, estava gravida de seu primeiro filho. Sua mãe, gentilmente lhe convenceu a cometer o fato, não havia escolha: o que decidir? Ela tomou 4 comprimidos, teve doze horas de trabalho de parto. Chorava baixinho, sua mãe não queria que ninguém soubesse. Passou a noite com dor e com medo, e se Deus brigasse? Mas, ela sabia, não podia ter a criança. Como ia viver com um marido de 19 anos, mãe aos 15? E a escola? E as pessoas? É verdade, ela transou e gozou. Foi bom. Ficou gravida. A camisinha estorou. Pensava e chorava, pedindo para quem quer que fosse (poderia até ser Deus, se ele não estivesse muito bravo),  que não precisasse ir para o médico. Pela manhã, sozinha, no banheiro de casa, espeliu o feto, cai

Ela é mais macho que muito homem

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Quem de nós nunca precisou desentupir um esgoto? Quem de nós nunca precisou trocar um chuveiro queimado ou um botijão de gás? Quem de nós nunca ficou horas em pé num coletivo depois de um dia de trabalho (e em alguns casos sendo encoxada por um maldito que não sabe controlar suas pulsões sexuais)? Quem de nós nunca se queimou tentando evitar que o ferro de passar roupa não caísse no nossx filhx, e apesar da dor lascinate da queimadura, não soltou uma única lagrima?  Quem de nós nunca sofreu 5, 6, 7, 8,12 horas de trabalho de parto, com coragem e determinação até a hora da saída do bebê? Quem de nós nunca foi trabalhar com uma puta cólica, e ficou firme até o fim do expediente? Quem de nós nunca levantou as 4, 5 horas da madrugada,para arrumar os filhos, a casa, a comida antes de ir pro trabalho/estudo? Quem de nós nunca se sentiu magoada com a separação, mas tirou forças de onde não tinha e seguiu em frente por causa dxs filhxs? Quem de nós nunca precisou construir

Mais valia do lar

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Talvez, muitas mulheres ou homens que leiam esse escrito, não compreendam o quão degradante e opressor é o trabalho doméstico,e até achem que estou exagerando, afinal alguém tem que lavar, passar e cozinhar, e isso é muito nobre não é mesmo?  Todo mundo precisa de casa limpa, comida e roupa não é mesmo? Mas façamos um exercício. Vamos imaginar, que não houvessem as mulheres para cuidar da casa, dos filhos e dos doentes gratuitamente. Vamos imaginar que os patrões tivessem que pagar para alguém realizar essas atividades. Quanto se cobra para cuidar de uma criança, decentemente? Incluindo as noites de sono perdidas amamentando , os cabelos brancos de preocupação, o esgotamento de nervos com as birras infantis, as horas cozinhando papinha e trocando fraldas? Uns 800 reais é o suficiente? Digamos que sim. Quanto se cobra para lavar louça, cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa, passar a roupa, tirar o pó, limpar os armários e os azulejos, lavar o banheiro,aspirar a casa duas ve