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Abaixo o enguiço dos neurônios!

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Uso pouco o Twitter. Mas essa semana rolou uma discussão bem localizada entre algumas pessoas, dentre elas uma que eu sigo na rede, em torno do tema dessa musica do Kid Abelha, e mais especificamente sobre o fato da mulher que assume sua liberdade e emancipação sexual ser tida como "vagaba" (para usar termos polidos, porque aqui na minha terra ela vai ser puta mesmo). Fiquei pensando em como o mundo anda maluco demais. Nessa semana também, conheci um jovem, que participa da Rede Relações Livre - SP (não sabe o que é clique aqui ), que assim como eu se aproximou do grupo para ter elementos para uma reflexão teórica e racional sobre os relacionamentos não monogâmicos (seja ele qual tipo for, como eu descobri lendo os textos da RLi). A questão que me deixou em alerta foi o seguinte: será que esse movimento da RLi é mais uma das manifestações da ideologia da sociedade industrial (onde tudo vira produto e portanto deve ser consumido em massa, sem reflexão, analise ou cri

Redução da Idade Penal: 7 motivos para dizer não!

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Há 22 anos, mais precisamente no dia 13 de Julho de 1990, era Promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente, como resultado direto da mobilização da sociedade civil como uma forma de garantir os direitos fundamentais a infância e juventude brasileira. A concepção de infância e juventude no Brasil estava pautada pela lógica da doutrina da irregularidade (o filme Pixote: a lei do mais fraco 1981 - clique aqui para assistir, vai explicar bem a situação irregular da maioria esmagadora das crianças e jovens do Brasil até 1990). Não é que após a promulgação do ECA a coisa modificou, mas pelo menos agora, há uma lei que determina que a infância e a juventude são objetos de atenção prioritária na formulação de politicas publicas e por isso mesmo são objeto de proteção integral (onde Estado, Sociedade, Família e a própria criança e adolescente também são responsáveis por si mesmos - conceito de protagonismo juveni l). E, justamente, após 22 anos da promulgação de uma lei de vang

A vagina esclarecida

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Não quero que pensem que sou radical. Ou algum tipo de mulher mal amada e mal fodida.  Não se trata disso. Não é um movimento contra os homens. Não. A ideia desse post, surge a parir da constatação que os homens no geral tem muito medo da vagina esclarecida. Na verdade, acho que os homens em geral, tem medo da vagina por si só, ainda mais se ela for esclarecida. O que é uma vagina esclarecida? Explico: essa semana estava indo pra PUC com uma amiga, e falávamos sobre a dificuldade em se relacionar afetivamente com os homens.  Começamos a pensar o que nos afastava deles. Seria uma dificuldade linguística? Uma dificuldade astrológica? Uma questão cognitiva? E então, chegamos a conclusão que os homens (principalmente os cultos), morrem de medo de uma buceta que pensa. Que isso é altamente assustador, mas o porquê isso acontece é que quero pensar um pouco nesse post. Uma vez, um ex-amigo me disse, que é fantástico trepar com quem se tem troca intelectual, mas porque o me

Punany

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Ontem eu tava zapiando a tv e em um dos canais da tv fechada, estava passando um programa sobre tendencias e comportamentos sexuais pelo mundo. Sobre as formas que as pessoas em diversos países se relacionam sexualmente, é um programa interessante, que descreve desde bizarrices até coisas bem interessantes. No programa de ontem um dos blocos tratou sobre um movimento norte americano chamado Penetração Mental ( clique aqui para saber mais). A coisa é mais ou menos assim: é um grupo de poetas todos negr@s que realizam intervenções artísticas cujo conteúdo dos poemas e das manifestações corporais é o erotismo. Achei uma delicia a ideia e a forma como a coisa é feita, por dois motivos que vou explicar. Bom, o primeiro é o fato de serem negr@s buscando uma forma de exercer sua sensualidade e sexualidade entre os iguais e longe do estereotipo branco hétero burguês do homem negro reprodutor como cavalo e da negra animalizada e insaciável. Segundo, porque qualquer movimento que t

Indicação: Filme - La prima cosa bella (2012)

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É muito raro eu escrever dois posts no mesmo dia. Mas hoje acordei com esse belo filme na minha cabeça. Sou uma amante secreta dos italianos e franceses , e este filme em especial, tem muito valor para mim. Ele conta a história de uma mulher, que é muito bela, e que ao longo de sua vida isso lhe trouxe muitos problemas. Se passa no século passo, acho que no limiar dos anos 50-60. A história se passa a partir da memória de seu filho mais velho, Bruno. É permeada pelo machismo nosso de cada dia. O que me tocou profundamente no filme, foi a sensibilidade com que a história é contada. Quando o vi, havia acabado de descobrir que estava com cancêr, mas sem ter o diagnóstico definitivo tinha muito medo do que viria: ficar careca, sessões de quimio infidáveis, morrer e deixar meus meninos tão pequenos, deixar o Marcos. No filme, ela está com cancêr na fase terminal, e a partir daí, sua história vai sendo contada entre o passado e o futuro. Fiquei tão tocada pelo filme, que

Manuais não tão práticos assim

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O Facebook sempre me presenteia com preciosidades blindadas do mais baixo da ideologia burguesa. Mas essa foto ai acima, ganhou o post da vez aqui no blog. Bom, sou mãe. Mas antes sou comunista. Até pouco tempo, sempre achei inviável ser mãe e comunista, e mais inviável ainda ser comunista dentro do capitalismo. A bem da verdade, intenciono ser comunista, mas tem claro em mim os princípios e a moral revolucionária. Mas, chega de delongas e vamos a tal fotinha. Dentre as ideologias preferidas do capitalismo, as receitas prontas para tudo são sempre as preferidas. Receita pronta pra ser feliz, receita pronta para ter um bom emprego e ter sucesso profissional  Receita pronta para um excelente casamento e uma gozada inesquecível. Receita, receita e receita. Mas, as que mais vejo na minha timeline do Facebook é como ser mulher, e já que para a ideologia patriarcal burguesa ser mulher é sinônimo de ser mãe (é meus caros e minhas caras, a gente sabe a pressão que é para ser mãe). En

O vermelho de SP

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Desde o dia 01 de Outubro desse ano, já foram assassinados 90 jovens (se há dúvidas quanto esse número, CLIQUE AQUI ) na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo. São jovens na sua grandissima maioria do sexo masculino, com idade entre 15 a 24 anos, negros e moradores das periferias da capital e da grande SP. Foram assassinados em bares ou esquinas dos bairros pobres dessa regiões do Estado, sempre após as 22 horas. O modus operandi dos assassinos é o mesmo: homens amados e encapuzados em carros pretos sem placa ou motocicletas sem placa, chegam, atiram e fogem sem testemunhas. A policia insiste em dizer que são gangs em disputa por pontos de drogas ou acerto entre criminosos. Mas a questão é a seguinte: a gente que mora aqui na favela, tá sempre ligado no movimento e sabe que esse não é a forma do crime resolver suas paradas. O uvi essa noticia hoje na hora do almoço, passei o dia com isso na cabeça e várias coisas também. Me lembrei do grandioso festival Existe Amor em