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A vagina esclarecida

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Não quero que pensem que sou radical. Ou algum tipo de mulher mal amada e mal fodida.  Não se trata disso. Não é um movimento contra os homens. Não. A ideia desse post, surge a parir da constatação que os homens no geral tem muito medo da vagina esclarecida. Na verdade, acho que os homens em geral, tem medo da vagina por si só, ainda mais se ela for esclarecida. O que é uma vagina esclarecida? Explico: essa semana estava indo pra PUC com uma amiga, e falávamos sobre a dificuldade em se relacionar afetivamente com os homens.  Começamos a pensar o que nos afastava deles. Seria uma dificuldade linguística? Uma dificuldade astrológica? Uma questão cognitiva? E então, chegamos a conclusão que os homens (principalmente os cultos), morrem de medo de uma buceta que pensa. Que isso é altamente assustador, mas o porquê isso acontece é que quero pensar um pouco nesse post. Uma vez, um ex-amigo me disse, que é fantástico trepar com quem se tem troca intelectual, mas porque o me

Punany

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Ontem eu tava zapiando a tv e em um dos canais da tv fechada, estava passando um programa sobre tendencias e comportamentos sexuais pelo mundo. Sobre as formas que as pessoas em diversos países se relacionam sexualmente, é um programa interessante, que descreve desde bizarrices até coisas bem interessantes. No programa de ontem um dos blocos tratou sobre um movimento norte americano chamado Penetração Mental ( clique aqui para saber mais). A coisa é mais ou menos assim: é um grupo de poetas todos negr@s que realizam intervenções artísticas cujo conteúdo dos poemas e das manifestações corporais é o erotismo. Achei uma delicia a ideia e a forma como a coisa é feita, por dois motivos que vou explicar. Bom, o primeiro é o fato de serem negr@s buscando uma forma de exercer sua sensualidade e sexualidade entre os iguais e longe do estereotipo branco hétero burguês do homem negro reprodutor como cavalo e da negra animalizada e insaciável. Segundo, porque qualquer movimento que t

Indicação: Filme - La prima cosa bella (2012)

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É muito raro eu escrever dois posts no mesmo dia. Mas hoje acordei com esse belo filme na minha cabeça. Sou uma amante secreta dos italianos e franceses , e este filme em especial, tem muito valor para mim. Ele conta a história de uma mulher, que é muito bela, e que ao longo de sua vida isso lhe trouxe muitos problemas. Se passa no século passo, acho que no limiar dos anos 50-60. A história se passa a partir da memória de seu filho mais velho, Bruno. É permeada pelo machismo nosso de cada dia. O que me tocou profundamente no filme, foi a sensibilidade com que a história é contada. Quando o vi, havia acabado de descobrir que estava com cancêr, mas sem ter o diagnóstico definitivo tinha muito medo do que viria: ficar careca, sessões de quimio infidáveis, morrer e deixar meus meninos tão pequenos, deixar o Marcos. No filme, ela está com cancêr na fase terminal, e a partir daí, sua história vai sendo contada entre o passado e o futuro. Fiquei tão tocada pelo filme, que

Manuais não tão práticos assim

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O Facebook sempre me presenteia com preciosidades blindadas do mais baixo da ideologia burguesa. Mas essa foto ai acima, ganhou o post da vez aqui no blog. Bom, sou mãe. Mas antes sou comunista. Até pouco tempo, sempre achei inviável ser mãe e comunista, e mais inviável ainda ser comunista dentro do capitalismo. A bem da verdade, intenciono ser comunista, mas tem claro em mim os princípios e a moral revolucionária. Mas, chega de delongas e vamos a tal fotinha. Dentre as ideologias preferidas do capitalismo, as receitas prontas para tudo são sempre as preferidas. Receita pronta pra ser feliz, receita pronta para ter um bom emprego e ter sucesso profissional  Receita pronta para um excelente casamento e uma gozada inesquecível. Receita, receita e receita. Mas, as que mais vejo na minha timeline do Facebook é como ser mulher, e já que para a ideologia patriarcal burguesa ser mulher é sinônimo de ser mãe (é meus caros e minhas caras, a gente sabe a pressão que é para ser mãe). En

O vermelho de SP

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Desde o dia 01 de Outubro desse ano, já foram assassinados 90 jovens (se há dúvidas quanto esse número, CLIQUE AQUI ) na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo. São jovens na sua grandissima maioria do sexo masculino, com idade entre 15 a 24 anos, negros e moradores das periferias da capital e da grande SP. Foram assassinados em bares ou esquinas dos bairros pobres dessa regiões do Estado, sempre após as 22 horas. O modus operandi dos assassinos é o mesmo: homens amados e encapuzados em carros pretos sem placa ou motocicletas sem placa, chegam, atiram e fogem sem testemunhas. A policia insiste em dizer que são gangs em disputa por pontos de drogas ou acerto entre criminosos. Mas a questão é a seguinte: a gente que mora aqui na favela, tá sempre ligado no movimento e sabe que esse não é a forma do crime resolver suas paradas. O uvi essa noticia hoje na hora do almoço, passei o dia com isso na cabeça e várias coisas também. Me lembrei do grandioso festival Existe Amor em

Meu amor meu bem me ame!

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Hoje pensei muito sobre dos relacionamentos miojos. Será que não existe uma aurea que incentiva isso? Sempre penso no que está por trás da atitude das pessoas. E, por isso gosto tanto da Teoria Critica da Sociedade. Me lembrei de um texto do Marcuse, em Eros e a Civilização onde ele discute sobre a pulsão de Eros e Tanatos. Não vou entrar aqui na conceituação teorica por medo de escrever bobagem; mas vou pegar emprestado a ideia principal deste ponto do texto do Marcuse. A paralisia da critica, e penso que isso tem haver com a Queda do Muro de Berlim (veja o cosmo mais uma vez se fazendo presente, e eis o muro de volta), o Stalismo, o vendaval oportunista da década de 90 (em termos mais recentes), a Frente Popular no mundo, deixou marcas tão profundas em nosso consciente coletivo que simplesmente nos adapatamos e nos alijamos da experiência. De certa forma, penso que o avanço da tecnologia também nos impediu de seguirmos no esclarecimento. Ao racionalizar cada vez mais o

Cardápio do dia: relacionamento lasanha

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Dizia o poeta que não existe amor em SP! Também poderá, em SP Deus é uma nota de cem. Como se ama em um lugar onde o inicio, o meio e o fim é dinheiro? Outro dia, conversava com uma amiga sobre as peripecias dos relacionamentos afetivos, cunhamos o conceito de relacionamneto miojo. Mas também o relacionamento la s anha e recentemente descobrimos o relacionamento pudim. Pode parecer chato e cansativo, mas fico pensando (até porque não consigo esquecer), o que foi o Rio que passou em minha vida? Relacionamento vinho: você bebe e fica tonta e depois pode ter dor de cabeça? Não sei, só sei que numa sociedade com os marcos relacionais como a nossa, podiamos chamar o Marcuse para a conversa, e ele diria que tudo isso é resultado da racionalização tecnologica. Há também a dessublimação, onde o prazer deixa de ser sublimado e se torna prazer sexual mesmo. Daí a limitação ds pessoas em manter relacionamento miojos. É preciso ser rápido, porque é tão dificíl se relaciona

Vamos pressionar até que tirem a propaganda do ar e se desculpem com a sociedade de conjunto!

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Pessoas, escrevi um e-mail pra agencia que criou o comercial da Marisa, compartilho com vcs o texto. Quem não sabe o que ta rolando pode clicar aqui para ler o texto de um blog parceiro muito bom. Quem quiser mandar um e-mail também ( eu acho que todo mundo deveria fazer isso) é este o endereço: almap@almapbbdo.com.br E-MAIL:  Bom dia. Me chamo Jaqueline, sou consumidora das Lojas Marisa e usuária da internet. Não assito a tv aberta, e foi pela internet (facebook) que soube da propaganda e de sua repercussão negativa. Então fui até o youtube, no canal de vocês e vi o vídeo. Li os comentários postados lá no youtube de outros internautas. Continuando com a pesquisa a fim de compreenedr o que estava acontecendo, cheguei ate a postagem da funcionária de vocês Sophie Schoenburg, e como se a propaganda não fosse idota o suficiente, ainda fomos obrigadas a mais uma dose de preconceito e idiotisse. Veja, sou uma mulher casada, mãe de dois filhos, mas não sou uma bossa

Ancestralidade

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O negro que sofria na senzala Trabalhava na fazenda da feitor, E um dia ele escutou um lamento Era Zumbi dos palmares Foi ele que quem libertou Hoje falou... Falou, falou da escravidao, falou, falou, falou da opressao, falou, falou, la nos tempos de Bimba, falou, falou, hoje se escutou... Berimbau ajudava os capoeiras La no tempo la no tempo da opressao Se escutava o toque de cavalaria Quando a policia seguia berimbau ja me avisou Hoje falou... Falou, falou da escravidao, falou, falou, falou da opressao, falou, falou, la nos tempos de Bimba, falou, falou, hoje se escutou... Manuel foi o mestre respeitado Criador da arte da regional, Hoje em dia seu nome será lembrado, Ja nao se esqueçeu do homen que a Capoeira falou... Falou, falou da escravidao, falou, falou, falou da opressao, falou, falou, la nos tempos de Bimba, falou, falou, hoje se escutou... Historia que se narran do passado Jogadores que se escutam ate hoje E os cantos que me levam pelos tempos Lembrando issos momentos onde o b

Ah, se a verdade pudesser ser dita.....

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Contra todas as formas de violência, Contra o Capitalismo!!!

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Maternidade: seria bom se viesse com guia ilustrado e comentado!!!!

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Bom, tenho duas crias. O João de 5 anos e o temido Pedro de 2 anos, com suas birras e manhas interminaveis, e sempre em público. As vezes nem parece que ele é o segundo. Faz escandâlo na rua, grita, bate, briga, xinga em bebenês, é uma loucura. E eu o pai, vamos levando como podemos. Acho que o pior já foi: colica e a desmamada.. quer dizer pra mim isso foi uh oooo... Poderia partilhar várias experiências (algumas deram certo, outras foram um fiasco), mas vou deixar aqui a recomendação de um site super bacana, que vale a pena ser visto e revisto por todas as mulheres que carregam o doce e pesado fardo da maternidade. http://brasil.babycenter.com/ E, em tempo, esses dois são meus pequenos revolucionários: JOÃO - 5 anos  e PEDRO - 2 anos.

Cinema - indicação : A guerra dos botões (2012)

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Em 1960 em uma aldeia no sul da França um bando de meninos com idades entre 7 a 14 anos liderados pelo audacioso Lebrac está em guerra com as crianças da aldeia vizinha. Para vencer seus inimigos vale tudo até aceitar a ajuda de uma garota Mas não é fácil ser um pequeno exército de homens sem ser pego por mamãe e papai Ao voltar para casa após um dia de batalha com as roupas rasgadas e botões a menos o maior desafio é ser discreto para fugir do castigo...br O filme dirigido por Yann Samuell é baseado no clássico romance francês A Guerra dos Botões de Louis Pergaud que já foi adaptado para o cinema em três ocasiões anteriores. Para a adaptação de 2011 uma personagem feminina foi criada: Lanterne que tenta desesperadamente se integrar no bando dos meninos e com essa personagem o diretor quis representar o movimento de emancipação das mulheres que era bastante em voga nos anos 60 época em que se passa a história. Ah, o doce cinema francês, nem precisa dizer muita coisa.

Cinema - indicação: O homem que não amava as mulheres (2012)

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Querendo se esquivar de uma sentença por difamação, o jornalista Mikael Blomkvist se retira para uma ilha remota no extremo norte da Suécia onde o assassinato não solucionado de uma garota jovem ainda assombra seu tio industrialista quarenta anos depois. Escondido em um chalé na ilha onde o assassino ainda pode estar rondando, a investigação de Blomkvist o leva para os segredos e mentiras dos ricos e poderosos, e o coloca junto de uma aliada pouco convencional - a tatuada, punk hacker, Lisbeth Salander. Cara, filme muito foda mesmo. Precisa ser visto várias vezes para poder diluir bem a história. A atuação de Rooney Mara ( a mesma que faz a cientista personagem principal de Prometheus - 2012) é muito boa. Um baita filmão mesmo. Eletrizante do começo ao fim.

Cinema - indicação: Prometheus (2012)

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O visionário diretor Ridley Scott retorna ao gênero que ele ajudou a definir, criando um épico de ficção-científica original em um dos lugares mais perigosos do universo. O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada que testará os limites físicos e mentais, coloncando-los em um mundo distante, onde eles descobrirão as respostas para nossos dilemas mais profundos e para o grande mistério da vida. Depois de ver o filme, fiquei com vontade de rever a saga Alien... Certas cenas do filme Promotheus relembra demais os filmes da sequência Alien. Ao sair da sala de cinema estava com várias perguntas. Gosto de filme assim, que nos deixam com sensação de preciso ver outros filmes para entender esse.

O corpo das mulheres

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Abaixo, está o video de um documen tário muito interessante sobre a mulher e a forma como seu corpo, e por que não, sua essência são retratados pela sociedade capitalista. Vale muito a pena assistir!!! Embora seja um vídeo italiano, abre bastante margem para discutirmos sobre nossa realidade, cá em terras tupiniquins.

Feminismo e marxismo

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«...A questão das mulheres só está presente nas classes da sociedade que são, elas próprias, resultado do modo de produção capitalista... Existe uma questão das mulheres para as mulheres do proletariado, da burguesia, da camada intelectual e da elite dirigente. A questão assume diferentes formas de acordo com a situação de classe de cada uma destas camadas.» Clara Zetkin                                  

A mulher e a luta pelo socialismo - Por Henrique Canary (www.pstu.org.br)

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Com esta publicação, buscamos resgatar as formulações clássicas do marxismo sobre a questão da mulher: desde as elaborações sobre a origem da família e da opressão; passando pelo processo de integração da mulher na produção fabril capitalista e as contradições que marcam esse fenômeno; a necessidade da organização e da mobilização conjunta das proletárias e dos proletários para a luta contra o capitalismo; chegando até as medidas concretas destinadas a acabar com a opressão da mulher e que foram implementadas pela primeira revolução socialista vitoriosa da história, a Revolução Russa; bem como o retrocesso nessas medidas, que se verificou com a degeneração stalinista da URSS. A mulher e a luta pelo socialismo traça um panorama histórico, político e teórico sobre os milhares de anos de opressão e exploração que pesam sobre as costas de mais da metade da população mundial. Mas não se trata apenas do passado. Ao resgatar a história, o marxismo sempre se preocupou com o

Mulher não é objeto!!!!

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O Bóson de Higgs e o socialismo

Por Henrique Canari "Por que deveríamos subsidiar a curiosidade intelectual?" Ronald Reagan, presidente americano, discurso de campanha eleitoral, 1980. "Nada é mais digno de nosso patrocínio que o fomento da ciência e da literatura. O conhecimento é, em todo e qualquer país, a base mais segura da felicidade pública" George Washington, presidente americano, discurso no congresso, 1790. No dia em que se comemora a Independência norte-americana, dia em que os Estados Unidos escolheram para dizer para si mesmos e para o mundo como eles são uma grande nação, a velha Europa, mergulhada em crise, mas herdeira de uma gloriosa tradição intelectual, anunciou o que pode ser o maior feito científico desde o descobrimento do DNA, em 1953. O “bóson de Higgs”, partícula fundamental que fornece massa a todas as outras partículas e que, portanto, é responsável por formar simplesmente toda a matéria do universo, está prestes a ser encontrado. No últim

E a aventura começa.....

Começou essa semana as tão sonhadas aulas do mestrado. A coisa é punk... muito texto... textos densos.. pouca grana.. três horas e meia para chegar na PUC de manhã e mais duas e meias para voltar no fim do dia.... A primeira aula foi com o Professor Carlos.. ah.. q saudade eu tava da sutileza de elefante dele.. das aulas incriveis sobre Adorno... com certeza ele é meu mestre. Depois teve aula com a Professora Alda, que velhinha com jeitinho de velhina... mas com uma sagacidade e inteligencia invejaveis a qualquer menininha de 26 anos como eu.... E por fim a Professora Luciane... jeitão de pedagoga.. me lembrou a professora Cida Sarraf... A minha felicidade é tão grande, que me agarro nela nos momentos de revolta.. que é pra não desanimar.. Putz, fudida sem grana, sem trampo estavel... apertadissimos financeiramente aqui em casa... cansada e preocupada com o mês que vem... Pq se a minha bolsa integral não sai.. nem sei o que vai ser de mim... So me resta esperar e continuar r

Não há palavras capazes de descrever e escrever o horror que acontece no Pinheirinho....

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Escrevo esse post com lágrimas nos olhos. Isso é tudo que sou capaz de expressar frente as imagens divulgadas pela mídia sobre a vergonhosa ação policial financiada com dinheiro público no Pinheirinho. As imagens de mulheres e crianças chorando ao perderem tudo que tem, me deixam muito triste. Pensar em tudo isso me enjoa. É revoltante saber que num país enorme territorialmente como o nosso, as pessoas sofram por falta de moradia. Covardia, desumanidade, genocidio, chacina são palavras ineficientes para descrever essa vergonha. Só a luta é capaz de mudar esse horror. Álias é horror por todos os lados. Nós lutadores, vivemos imersos num mundo permanentemente de terror. Amanhã tem atribuição no Estado e eu e meu companheiro estamos aqui aflitos para saber o que nos espera: haverá  a lei do piso, haverá aula, como será esse ano. Terá trabalho? Penso e sei bem o que os colegas categoria O passam, no caso deles é infinitamente pior... É muita tortura, é quase um pesadelo infi

Tá vendo aquelas pegadas de barro no tapete vermelho?São minhas....

Quando penso no processo de seleção para o mestrado, na faculdade, em todos os espaços que estive que não eram pra mim é assim que sinto. A PUC é um espaço que não é para nós. A academia é um espaço que não é para nós. Parece que as marcas de barro sempre nos acompanham, estejamos onde estiver. A diferença é que na periferia, o barro faz parte da urbanística, na PUC não. Oh yeah baby... luta de classe elevada ao cubo. Não sou a primeira mulher negra periférica a entrar num mestrado na PUC, isso não. No próprio   curso que vou fazer existem outras mulheres e homens negros. Agora a questão é em relação ao numero de habitantes negros no Brasil, quantos chegam a esse nível acadêmico? Essa é uma pergunta que fica facinho de responder, depois de uma vaquinha inacreditável para pagar a matricula do mestrado, acho que fica fácil de supor a nossa dificuldade. Numa perspectiva cultural, acho mais fácil a PUC limpar minhas marcas de barro do chão e até de mim, e me ensinar a usar saquinho no pé p

Indicação: Filme - Histórias Cruzadas (The Help)

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Sinopse: Mississipi, década de 1960. Skeeter acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das "famílias do sul". Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen, governanta de um amigo, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingir a todos.

Indicação: Filme - Minhas tardes com Margueritte

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Imagine o inusitado encontro de duas forças. Um coração bruto, angustiado, a espera de lapidação, e uma invejável sabedoria escondida num corpo franzido. Germain (Depardieu) é um homem simplório, gentil, de poucos recursos intelectuais. "Ler? Tentei uma vez e não deu muito certo", afirma. Margueritte (Gisèle Casadesus) é uma simpática nonagenária, viúva e sem filhos, apaixonada por livros. Quarenta anos e muitos quilos os separam. O filme fala das diferenças que, mais que atrair, complementam as pessoas. A amizade inicia ao acaso, quando ambos dividem o mesmo banco no parque. Ela recitava versos enquanto o amargurado homem alimentava os pombos. Gerárd Depardieu esbanja talento em uma composição sensível e inteligente e Gisele Casadesus – com incríveis 96 anos – mantém o nível do parceiro. A direção extrai o sentimentalismo necessário com a fruição de habilidosos diálogos e sem o uso abusivo de recursos técnicos para a composição da mise-en-scène . O resultado

Ás vezes...

Ás vezes o mais difícil de ser mulher é simplesmente ser mulher. Parece um absurdo inacreditável essa frase, mas na verdade, ao menos para mim, ela expressa a mais absoluta verdade, e talvez por isso pareça tão absurda, afinal toda verdade é absurda. Quando penso na minha história de vida, de minha mãe, irmã, sogra, cunhadas, amigas.. de todas as mulheres que me cercam sinto uma dor enorme no peito, as vezes um vazio que se torna insuportável. De fato, levamos uma vida desumana. Somos tratadas como objetos; as qualidades femininas atribuídas pela sociedade machista sempre nos equivalem a objetos: obra de arte, dádivas da natureza, bonecas... Não temos qualidades pelo que somos e somente pelo que devemos aparentar ser. De todos os fardos que carregamos a maternidade é o mais pesado. A própria ideia de carregar de uma criança dentro de seu corpo e a responsabilidade com o bem estar dessa futura pessoa. Ao contrário do que pode aparentar a tão falada MP sobre o bolsa gestante só