Viva a dialética dessa dura vida!!!!!

Hoje, fui fazer outra entrevista de emprego. fácil, eramos três candidatas e duas vagas. Ninguem ali tinha mais qualificação e experiência que eu. Foram 12 anos longos trabalhando em ONG, que me serviram para pelo menos poder ter essa certeza: eu sou muito boa , sou uma excelente educadora.
Falta de modestia? Não. Na verdade isso é clareza de ter comido todos os pães que o capitalismo amassou com o dolar.
Mas a contradição inerente a vida humana, neste miseravel planeta de expiação chamado Terra , me coloca numa situação dolorida e depressiva. 
Tenho 99%  de chance de ser selecionada, mas o lugar é muito longe: Parelheiros. São duas horas e meia daqui do Capão. Sem trânsito. Imagina um dia de chuva, pode por ai umas 4 horas.
Que merda, só porque eu preciso trabalhar, não consigo um trabalho que coincida com os horários do Marcos.
Mas sabe, quando eu olho pra tráz, vejo que já passei por momentos piores e mais tensos. E hoje, eu ainda posso escolher. Tô me sentindo bastante angustiada, com a sensação de que nunca vou conseguir trabalho, que ficarei pra sempre em casa cuidando dos meninos e discutindo a relação com o Marcos,sempre com medo de ficar pra tráz.
Será que eu consigo trabalho de novo. Será que eu consigo voltar a estudar de novo. Quantas dúvidas, o futuro a Deus pertence não é mesmo?
Mas, sabe, eu sei que não me dediquei a entrevista lá no NPPE do Autodromo. Ai, perdi minha vez.
Chico Xavier já dizia: ninguem pode fazer um novo fim, mas qualquer um pode fazer um novo começo.
Portanto eu espero minha nova oportunidadede fazer um novo começo. Mais perto que em Parelheiros, melhor do que no Autodromo.

Abraço apertado de angustia
Jaque Odara

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