Pelo direito a felicidade!


Ando sentindo uma dor esquisita no peito.
É uma dor que fica ali, doendo, doendo, doendo.
Me pergunto, como se sente algo, que não sabe de onde vem ou por quê?
Sabe, essa dor me impede de escrever, de sorrir...
Essa dor as vezes me impulsiona, as vezes me para, as vezes me faz gritar, as vezes me cala...
Vejo essa dor em outros rostos, outras histórias, na minha memória...
Essa dor me faz gente, e eu me pergunto: o que é ser gente?
Gente é levantar cedo, trabalhar, pagar as contas, sorrir ao ver um cachorro, discutir a crise mundial, acreditar que o céu é o limite?
O que nos faz feliz? A propaganda diz que é o Pão de Açucar, ou um cartão de crédito.
Fiz tudo que me disseram: cresci, estudei, casei, tive filhos, militei, e mesmo assim, não me vejo gente, não me sinto gente.
Me sinto carne, a carne mais barata do mercado, a carne negra.
Me sinto multidão, sem rosto, sem nome, sem história, sem passado, sem presente, sem futuro.
Me sinto puta, perdida, largada, sozinha, execrada.
Me sinto nada.
Dói, a dor que sinto dói. Não no corpo, não na alma, não na consicência, é uma dor que dói, sem quê nem porquê, sem lugar ou endereço.
Sinto, e tudo que sinto, é que junto com nossos direitos, deviamos ter o direito a felicidade.
Mesmo, sem saber o é ser feliz, como é ser feliz, como se pode ser feliz... acho mesmo que todos nós, deviamos ter o direito de ser feliz.

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